Dengue em Portugal – Experiência da Região Autónoma da Madeira

Authors

  • Leonor Castro Hospital Dr. Nélio Mendonça
  • Filipa Marçal Hospital Dr. Nélio Mendonça
  • Jenny Gonçalves Hospital D. Estefânia
  • Joana Oliveira Hospital Dr. Nélio Mendonça
  • Victor Miranda Hospital Dr. Nélio Mendonça
  • Cristina Freitas Hospital Dr. Nélio Mendonça
  • Andreia Barros Hospital Dr. Nélio Mendonça
  • Pedro Freitas Hospital Dr. Nélio Mendonça

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2014.3768

Abstract

Introdução: O dengue é uma doença viral, autolimitada, transmitida pelo mosquito do género Aedes. A introdução do vector de transmissão na ilha da Madeira levantou a ameaça de uma epidemia. Apesar da implementação das medidas de controlo do vector,oito anos após a sua detecção verificou-se o primeiro surto de dengue na região. Este estudo tem como objectivo a caracterização dos casos de dengue em idade pediátrica no primeiro surto de dengue desta região.

Metodologia: Estudo retrospectivo, observacional e descritivo. Foram incluídas crianças e adolescentes dos 0 aos 14 anos com diagnóstico de dengue confirmado laboratorialmente. Caracterização de variáveis demográficas, clínicas e analíticas, com posterior análise e tratamento estatístico.

Resultados: Foram confirmados 182 casos laboratorialmente, verificando-se predomínio do sexo masculino e idade média de 9,6 anos. A taxa de incidência foi de 41,4/10.000 habitantes, com pico de incidência em Novembro 2012. Os sintomas de apresentação mais frequentes foram a febre (98,3%), cefaleias (75,2%), mialgias (66,5%) e exantema (51,6%), sendo que as manifestações hemorrágicas surgiram em 9,9% dos casos. A taxa de internamento foi de 15,9%, com duração média de 3,8 dias, não sendo registados óbitos.Foi identificado somente o serotipo DEN-1.

Discussão: A elevada densidade do vector associada à presença de hospedeiros susceptíveis poderá ter originado a explosão do surto, após a introdução do vírus na região. Sendo a imunidade serotipo-específica, a presença de um novo serotipo poderia ter consequências devastadoras, pelo que dada a possibilidade de um novo surto, devem ser mantidas as medidas de controlo entomológico e de protecção individual.

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Published

2014-09-05

Issue

Section

Case series