Aleitamento materno: prevalência e factores que influenciam a duração da sua modalidade exclusiva nos primeiros seis meses de idade
DOI:
https://doi.org/10.25754/pjp.2013.3399Abstract
Introdução: O aleitamento materno apresenta inúmeras vantagens, bem conhecidas. Contudo, apesar da sua elevada prevalência no pós-parto imediato, constata-se uma elevada taxa de abandono logo nos primeiros meses de idade.
Objectivos: Determinar a prevalência do aleitamento materno nos primeiros seis meses de vida, identificar as razões que motivam as mães a iniciar e a abandonar o aleitamento materno, e identificar factores relacionados com a duração da sua modalidade exclusiva até aos seis meses de idade.
Metodologia: Estudo observacional, transversal e analítico, de uma amostra de conveniência (n=195) obtida através da aplicação de questionário às mães de filhos inscritos num Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) da Região Centro, que recorreram ao centro de saúde para a vacinação dos seis meses, entre 1/3/2011 e 13/5/2011.
Resultados: A prevalência do aleitamento materno exclusivo ao primeiro, terceiro e quinto mês, foi respectivamente de 79,5%, 63,6% e 36,4%. Os benefícios para o bebé foram as razões mais frequentes para o início do aleitamento materno. A maioria das mães justificou o abandono com razões de carácter subjectivo. O género masculino do bebé, o parto eutócico, um maior rendimento mensal médio do agregado familiar e a experiência anterior de amamentação foram os factores que se associaram a uma maior duração do aleitamento materno exclusivo, o que está de acordo com a literatura no que se refere ao aleitamento materno em geral salvo a associação com o género masculino, que foi contrária à referida na literatura revista.
Conclusões: Apesar de não existir nenhum Hospital Amigo do Bebé na área de abrangência do ACeS em que decorreu o estudo, a prevalência do aleitamento materno nos primeiros seis meses foi superior à encontrada na literatura referente a Portugal.